segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Tempo de Misericórdia …

Na quadra que se avizinha as instituições de solidariedade social assumem naturalmente o seu protagonismo. No entanto, estas instituições trabalham na sombra durante todo o resto do ano no cumprimento da sua nobre missão, nem sempre com o devido reconhecimento público.

Estas instituições, dedicadas ao auxílio dos desamparados e daqueles que mais precisam, devem ser geridas com altruísmo por aqueles que se movem por sincero sentimento da ajuda ao próximo, mas também com o desprendimento e a lucidez necessários para perceber que outros há capazes de exercer as mesmas funções e que acima de tudo estão os interesses daqueles que são amparados e não dos que supostamente quererão amparar.

As instituições de solidariedade social devem assim ser plataformas de boa vontade e não refúgios daqueles quantos se querem aproveitar do lugar que ocupam para serem catapultados para outros patamares da vida pública.

É com desagrado que vejo nesta quadra, uma instituição como a Santa Casa da Misericórdia de Sesimbra, sujeita a funcionamento num regime de duodécimos. Era altura de toda a gente trabalhar para um mesmo objectivo, em vez de olhar apenas para o seu próprio umbigo.